Versiculo

"[...] e oro para que, estando arraigados e alicerçados em amor, vocês possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus." Ef 3:17-19

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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

A EXPERIÊNCIA DA MESA

RELACIONAMENTOS RENOVADOS.

(Devi Titus)

OLÁ MIGAS,

Tudo bem? Como foram de dia dos pais? abraçaram, beijaram e declararam o quanto vocês os amam? Façam enquanto há vida.  O meu find não foi dos melhores, tive uma forte enxaqueca, e como moramos todos longe, não é possível estarmos juntos em todas as datas. Mas logo estaremos juntos novamente e nos abraçaremos muitchooosss !

Vamos ao capítulo de hoje de nosso livro:

“Vamos fazer uma festa e alegrar-nos. Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado” - Lucas 15:23-24.


SENTEI NO CHÃO DA SALA a um metro e meio da televisão, assistindo a nossa versão local do programa American Bandstand, do conhecido como Record Hop. Todas as terças à noite, o popular programa de dança começava com líderes de torcida de escolas da região. Os dançarinos contavam com alunas da escola. Naquela noite, meu colégio estava sob os holofotes. As líderes de torcida e as moças segurando pompons, vestidas com um uniforme preto, laranja e branco, marcharam para seus lugares ao som do grupo de percussão.



Os movimentos eram sincronizados e eu conhecia cada passo, cada pirueta, cada rodopio. Eu sabia o nome de cada menina. Assim como se etivesse lá. Lágrimas rolavam pelo meu rosto porque eu queria muito estar participando! Eu sabia que os movimentos precisaram ser ajustados porque uma outra garota estava faltando. Essa garota era eu.

Meus pais não deixavam participar de bailes da escola; por isso, não me permitiram fazer a apresentação naquele programa de dança ao vivo. Eles eram sinceros ao restringir minhas atividades e escolhas, mas, aos 14 anos, não consegui entender plenamente o amor e a proteção que estavam me estendendo.


Nos meses seguintes, tomei algumas decisões sem o conhecimento de meus pais, porque não achava que aqueles adultos ultrapassados entendiam alguma coisa sobre a juventude da minha geração .

Fiz planos secretos de ir a bailes e de fazer outras coisas que meus pais não aprovavam. Lembro-me vividamente da noite em que planejei escapar do quarto para ir com uma turma mais velha que eu mal conhecia a uma cidade vizinha passear pela rua principal. Um amigo do meu irmão mais velho e um colega dele estavam passando uns dias em casa, vindos da faculdade, e eles nos levariam naquela noite. Meus amigos já haviam me convidado para fazer esse passeio muitas vezes, mas a maioria sabia que eu não tinha permissão para ir, então eles iam sem mim. Finalmente, dessa vez, eu iria junto.


Tudo estava planejado. Meus amigos e eu combinamos que, se a luz de meu quarto estivesse acesa, seria um sinal de que não era seguro eu sair pela janela, porque mamãe e papai ainda estavam acordados. Se a luz estivese apagada quando passassem de carro, era sinal para esperarem enquanto eu saia pela janela, pois minha mãe e meu pai já estariam dormindo pesado.

Na escola, naquele dia, eu estava muito empolgada por finalmente ter aquela experiência. Meus amigos e eu conversamos sobre o assunto, planejando e tecendo estratégias. Eu estava com frio na barriga e nó na garganta – frio na barriga de empolgação e nó na garganta de medo e culpa. Havia um conflito em meu coração. Eu sentia vontade de me divertir, mas não queria fazer nada errado. Sabia que era possível fazer ambos.


Mamãe preparou o jantar como de costume naquela noite. Eu não estava com vontade de comer, mas ela insistiiu que eu me sentasse à mesa. Fiquei quieta durante o jantar e papai me perguntou se estava tudo bem. Garanti que tudo estava ótimo, só me sentia meio mal. Lembro-me de ficar pensando em como meus pais eram maravilhosos e no quanto eu os amava. Sabia que, se eles descobrissem o que eu estava planejando, ficariam magoados. Lá no fundo, eu não queria chateá-los.


Não sei qual foi o assunto de nossa conversa à mesa naquela noite. Sei que meu irmão estava no ultimo ano do ensino médio e participava de todos os esportes. Papai era um grande fã de esportes, por isso nossos diálogos à mesa costumavam girar em torno dos jogos de Noel naquele ano letivo. Não era incomum outros jogadores de futebol americano jantarem em nossa casa antes de um jogo, e sempre íamos às partidas, fosse em nossa escola ou na casa do time adversário. Eu era líder de torcida durante os jogos de meu irmão. Sentia grande orgulho de ser irmã dele e não queria desapontá-lo.





À mesa naquela noite, eu me sentia como duas pessoas; a irmanzinha caçula de um rapaz que eu amava e a adolescente de coração selvagem que queria se divertir. Como ser as duas? Eu fugiria pela janela às onze da noite para voltar às duas da manhã ou ficaria em casa? Não é de se espantar que meu apetite tenha ido embora. Era muita coisa para uma mocinha decidir!


Conforme planejado, meus pais se deitaram no horário de costume e estavam num sono profundo. Fui para o quarto e fingi estar dormindo. Depois de ter certeza de que eles estavam dormindo, levantei, me vesti e dei continuidade a meu plano. Com as luzes do quarto apagadas, às 22h55, fiquei perto da janela esperando o carro aparecer na estrada ao lado da cerda branca de nossa casa.


Com a bolsa em mãos, estava pronta para minha primeira noite de diversão na rua! Vi os faróis se aproximando e virando perto da cerca. Congelei. Meus pensamentos foram: “Não posso fazer isso. Minha mãe e meu pai me amam demais. Não posso fazer isso com eles. O que pensarão de mim seu eu for pega? Meu coração estava acelerado. O carro lá fora continuava parado, esperando por mim. O plano estava funcionando, cm exceção de algo inesperado: eu me lembrei do jantar.


O riso em volta da mesa de jantar naquela noite, os olhares amorosos, os planos para o dia seguinte – tudo me veio à mente.“Depois de hoje, como serão os nossos jantares para mim? Perguntei a mim mesa. Eu não sabia qual era a resposta; só sabia que não podia fazer aquilo. Fui até a porta do quarto, em vez de de me dirigir à janela já aberta, e acendi a luz. Para meus amigos, isso significava que sair não era seguro para mim. Eles foram embora.


Minha vida poderia ter tomado um rumo muito diferente com as consequências daquela noite. E se eu não tivesse me sentado com a família à mesa para jantar? Acender o interruptor foi uma das decisões mais importantes que já tomei. Fazer o jantar foi a decisão importante de minha mãe naquela noite.





Aquela foi a última tentação do tipo que tive durante o ensino médio. Pouco depois, entreguei minha vida a Cristo e comecei a tomar decisões que agradavam a ele e meus pais. Meu relacionamento interior foi renovado com minha família à mesa. Naquela noite, o conflito interior foi começou a se resolver. E a propósito, anos depois, meus pais disseram que ser arrependeram de não terem me deixado ir ao programa de televisão com a equipe de líderes de torcida. Eu já os havia perdoado.

Migas que precioso este capítulo! Principalmente pra entendermos o mundo, a luta interior dos jovens diante deste mundo tenebroso!

BJS


NO CORAÇÃO!!!


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