Versiculo

"[...] e oro para que, estando arraigados e alicerçados em amor, vocês possam, juntamente com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a profundidade e conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus." Ef 3:17-19

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segunda-feira, 26 de setembro de 2022

 FAMÍLIA BOA NÃO É SORTE NEM RECOMPENSA, É VOCAÇÃO!


(Andrecosta)

MIGAS,

Que textooo! o que mais vemos hoje, as pessoas, ate mesmo os CRISTÃOS, se esforçando extremamente pra alcançar "COISAS"deste mundo, esquecendo o Principio que O REINO DE DEUS, e ganho por esforço. Mas gastam todo seu esforço em outras áreas e desviando seus esforços, do que e ETERNO - Mt.1:12b.

(O  números de filhos não te faz mais espiritual que outros, é uma questão de escolha, eu gostaria de ter tido mais mas não foi possível)

Existem dois erros muito comuns quando refletimos sobre a construção de nossa família.
 

O primeiro é a ideia de que uma boa família acontece de forma espontânea. Não é verdade. Nossas escolhas durante a juventude deságuam na vivência do lar, facilitando ou dificultando a convivência.


A vida é como um livro, é uma sequência de capítulos cumulativos. Nesse processo, nossas escolhas, em cada capítulo que vivemos, vão nos moldando. Quando você vê uma família funcional, em que homem e mulher buscam se ajudar em obediência a Deus e para o florescimento dos filhos considere que há uma série de escolhas e privações que geraram esse fato. É um erro olhar pra famílias assim e pensar “nossa, como eles são sortudos, vivem um conto de fadas”.


A Família funcional não é conto de fadas, é benção que se recebe de joelhos, com lágrimas e suor. É resultado de corações que receberam de Deus a graça para confiar que o propósito divino para a família é o melhor. É desaguar de escolhas e graça. Não normalize o fracasso!


Mas eis aqui o segundo erro. Justamente porque a vida em família é fruto de esforço, é muito comum que a pessoa que a vivência passe a compreender a família como recompensa! Não é. Família é vocação! É vocação porque não existe para nossa própria glória, porque é um serviço que prestamos a Deus para que ele gere humanidade!

 
Para os que pensam que família é sorte, eu digo: família em harmonia não acontece por acaso. Se você é solteiro que deseja a família ou alguém que vive a família em desordem, seja intencional, priorize Deus na sua vida AGORA e confie em seus mandamentos. Deus é o maior interessado no seu sucesso familiar.


 
Para os orgulhosos, que pensam que família é recompensa, eu digo: sua família pertence a Deus, avalie melhor sua casa. Apesar das aparências certamente existem muitas coisas a melhorar. Um lar em equilíbrio não pode virar um Deus particular. É obra da graça do Criador para que o mundo veja esse milagre e glorifique o pai que está no céus!


MIGAS,

 Lutar pra ter uma família estruturada, e o que o próprio texto ja diz, por mais que lutemos ainda ficam coisas a desejar. É um abrir mão constantemente, e priorizar outras mais importantes!


UMA FELIZ SEMANA FELIZ!



 BEIJOS NO CORAÇÃO!


terça-feira, 20 de setembro de 2022

 VELHICE, POR QUE NÃO? - IV

(LyaLuft)


MIGAS, 

Muito interessante as colocações neste texto, inclusive coisas que passei com minha mãe antes do seu falecimento.

(Creio que o coroamento nesta idade e ser avo, ALEGRIAAA )
 
Pensando nela e em outras pessoas assim, questiono se ter 80 anos ou mais será realmente uma condenação ou se pode ser o coroamento de uma vida. Verdade que para haver um “coroamento” é preciso uma estrutura razoável para ser “coroada”.


Generosa, de conquistas, de perdas mas igualmente de elaboração e acúmulo. Vivida com gosto e dor, com afetos bons e outros menos bons. O prato luminoso do positivo mais pesado do que o das coisas escuras. 



 

"E da juventude, o que você diz?”, me indagam. Não preciso falar tanto dela porque é cantada e louvada em todos os meios de comunicação, em todos os salões, em todos os quartos. Ela é deslumbramento e aflição, crescimento e inépcia, angústia e êxtase como todos os nossos estágios – apenas tudo ali está condensado em intensidade e brilho. Mas não acho que só ela vale a pena, só ela nos avaliza.






























Como não defendo a ideia de que a maturidade e a velhice sejam melhores. São  diferentes. Com seus lados bons e ruins. Idade não dá aval de bondade e graça. O velho sempre bonzinho é um mito, a velhinha doce pode ser comum nos livros de história, mas na realidade é muito diferente.

Eventualmente o velho pode ser um algoz, exercendo sobre a família a famosa tirania do mais fraco, do doente, da criança mimada. Algumas pessoas, envelhecendo, se tornam insuportavelmente exigentes, lamuriosas, difíceis de conviver. Apegadas a um passado com bens, presenças, aparência e atividades que não podem mais ter, não se conformam

Nem sempre o velho fica isolado porque os filhos são ingratos. Muitas vezes ele é que afasta os demais, com sua permanente crítica a tudo e a todos, suas exigências de atenções nem sempre possíveis. Na reduzida família nuclear de agora, em que em geral marido e mulher trabalham, os filhos são poucos, uma empregada custa caro – a assistência ao velho torna-se difícil se ele for dependente.


Boas clínicas são raras e dispendiosas. Grave problema para todos. Cada família o resolverá como puder, em geral com sacrifício financeiro e ônus emocional. “O problema dos velhos é que lhes falta o que fazer, faltam interesses”, a gente diz, como se fosse uma inevitabilidade. Não é inevitável. Por que o velho não pode ter a sua vontade enquanto for independente, enquanto tiver lucidez – maior de todos os bens desde que não signifique apenas lucidez da dor física?

Na idade avançada os interesses não precisam ou não podem ser os de antes: atividade, trabalho, dinheiro, viagens, conquistas. A certa altura mudam as possibilidades mas não se anula a pessoa. O bem-estar e a alegria residem nas coisas mais triviais: esse é um dos aprendizados que o tempo nos dá. Por isso mesmo, a essa altura é mais simples ser feliz. 


 Novos afetos são possíveis em qualquer idade: sempre se podem estabelecer novos laços com pessoas, coisas, lugares, interesses. Nem mesmo amor, ternura e sensualidade são privilégio dos moços. Mas muitas vezes não lhes permitem, aos velhos, a mínima independência, ainda que ela seja totalmente viável: “Que ideia, mãe, sair à rua sozinha!

MIGAS!

Como já disse não convivi muito com idosos. Com este artigo aprendendo muitas coisas.


UMA FELIZ SEMANA FELIZ!



BEIJOS NO CORAÇÃO!

terça-feira, 13 de setembro de 2022

 VELHICE, PORQUE NÃO? 

                              PARTE - III

(LyaLuft)

MIGAS,

No momento da perda da Rainha Elizabeth II, o nosso assunto sobre velhice está em alta, pois ela como poucas, viveu suas etapas etárias plenamente na alegria e nas adversidades, e cumpriu sua missão aqui na terra! 


Mesmo que minha casa não esteja movimentada como anos atrás, por que devo me transferir para algum espaço menor – a não ser que eu realmente queira, e decida assim por ser mais prático, mais razoável? Jamais por achar que não preciso, ou pior: não mereço, nem adiantaria mais. Somos seres humanos completos em qualquer fase, na completude daquela fase. (Estou passando por este momento. Um apto grande, quando meus pais, eram vivos era muito bom, os filhos tambem por eles morarem longe enchia toda casa). Que dúvida! Voltar para um espaço menor?

Custa-nos acreditar nisso na velhice, como na adolescência era difícil termos confiança em nós e nossas escolhas quanto ao futurO.


 
Com direito e dever de procurar interesses e revisar outros, ter alegrias e prazeres, sejam eles quais forem. Posso na velhice não ser um atleta na cama nem mesmo ter atração pela vida sexual, mas sou capaz de exercitar minha alegria com amigos, minha ternura com família, meu prazer em caminhadas, em jardinagem, em leitura, em contemplação da arte.





(Ela em tratamento de câncer, fez o trabalho de paisagismo na faxada de sua casa)

Porém, numa sociedade em que sucesso e felicidade se reduzem a dinheiro, aparência e sexo, se somos maduros ou velhos estamos descartados. Cada dia será o dia do desencanto. Em lugar de viver estaremos sendo consumidos. Em vez de conquistar estaremos sendo, literalmente, devorados pelos nossos fantasmas – na medida em que permitirmos isso.

 

Essa é a nossa possibilidade, a nossa grandeza ou a nossa derrota: viver com naturalidade – ou experimentar como um súbito castigo dos deuses – os novos 70 ou 80 anos.
Algumas pessoas parecem tombar subitamente da juventude impensada para a velhice ressentida.Foram apanhados desprevenidos. Nunca tinham pensado. Estavam desatentos.

Triste maneira de percorrer isso que é afinal o milagre da existência.



Imaginamos enganar a máquina do tempo, e suas engrenagens nos atropelaram em lugar de nos impulsionar. Para quem só pensa nos desencantos da maturidade, eu falo no encanto da maturidade. Para quem só sabe da resignação da velhice, eu lembro a possível sabedoria da velhice. É preciso seguir em frente com o meu tempo. Mas qual é, onde está, em que lugar ficou… o meu tempo? Nossos ouvidos estão cheios de refrões, como: “meu tempo já passou”, “eu não devo”, “onde já se viu”

Perder nos deixa vulneráveis, com medo de que isso se repita. De que o amado nos esqueça, de que o outro morra, de que a graça se apague, a festa acabe. Não queremos essa repetição, não queremos mais perder nada – preferimos nem ganhar coisa alguma. Mas se escutarmos bem nosso interior, ali está a voz persistente dos momentos alegres e das belas experiências dizendo-nos que viver ainda é possível. Faz uns pequenos sinais discretos, que até demoramos a entender.

Uma de minhas mais queridas amigas tem quase 90 anos, e espero pelo fim de semana para tomar com ela, em sua casa aconchegante. Sempre temos assunto. Ela sabe de tudo, é informada, é interessada. Não fala preferencialmente de sua saúde, que já não é a de dez anos atrás. Comenta coisas de jornal, política, música. Pergunta pelos amigos. Já não vai ao cinema, mas, como é grande leitora, há mil assuntos para se falar. Ela gosta de rir e nos divertimos muito.


MIGAS,
Daí a importância de envelhecer de forma madura, principalmente, agindo com essa senhora, mencionada acima, sempre atualizada, para que assim possa conviver com pessoas de qualquer faixa etária, sabendo interagir com todos.
 
 


UMA FELIZ SEMANA FELIZ!



BEIJOS NO CORAÇÃO!






quarta-feira, 7 de setembro de 2022

VELHICE, PORQUE NÃO? 

                              PARTE - II

(LyaLuft)

MIGAS,

Espero e desejo que todas vocês entendam que o objetivo deste texto, que é mostrar o prós e contras do envelhecimento. Super a favor de qualquer cuidado, alguns procedimentos estéticos (só cuidar dos exageros) que só trazem malefícios. A ultima frase do ultimo post anterior E como embora sendo mulher, escrevia como homem". E recomeçamos desse ponto.



A literatura feita por uma mulher não precisa se socorrer desse aval “mas ela escreve como um homem” para ser boa. Visitei uma artista plástica de quase 90 anos que pinta telas de uns vermelhos palpitantes. E eu lhe disse:
“Seus quadros celebram a vida.” Ela respondeu junto do meu ouvido, brilho nos olhos: “Eu os crio para mim mesma, para me divertir.” Seu rosto enrugado e seu corpo já encurvado emanavam uma alegria de viver que me causou a mais confessável das invejas.

Por um instante desejei ter chegado, enfim, ao mesmo patamar – onde muitas coisas pelas quais hoje luto e sofro fossem uma celebração tranquila. 


Uma mulher de 60 anos me pegou pelo braço, me levou para o canto, e sussurrava: “Por que decretaram que mulheres da nossa idade estão acabadas?”, e tinha lágrimas nos olhos. “Não sei”, eu disse, “mas nem você nem eu estamos acabadas, tenha certeza disso. Mudou meu corpo mas eu ainda sou a mesma.”


Minha interlocutora era uma bela mulher com filhos independentes e boas amizades. O buraco em sua alma era o da autoestima, porque uma sociedade tola não lhe dava o direito de sentir-se plena, e impunha mesmo à sua mente ativa e capaz o conceito de que agora valia bem menos do que aos 40 anos. E a cada ano, a cada dia, valeria ainda menos. “Eu daria tudo, mas tudinho, por ter a cabeça de agora… no corpo dos meus 30 anos!”, ouvimos.


 
“Trato bem ao meu corpo, esse grande gato”, escreveu uma poeta com essa sensatez dos artistas e das pessoas simples. “Afinal até aqui ele me serviu, e cada dia gosto mais dele, do jeito que está ficando.” Gostar de seu velho corpo com sua necessidade de cuidados e de amor, de mais treinamento para que funcione direito, de paciência porque nem sempre é como lembro que foi um dia, é uma forma de felicidade que a experiência pode ensinar.


Há poucas décadas alteraram-se nossos prazos, e os conceitos sobre juventude, maturidade e velhice. Passamos a viver mais. Nem sempre passamos a viver melhor. Esse me parece um dos mais extraordinários desperdícios da nossa época. Minhas avós, muito mais jovens do que sou agora, me pareciam – e deviam se sentir – velhas: lentas e vagamente reumáticas, roupa escura, cabelo grisalho, óculos na ponta do nariz, fazendo doces ou tricô. Verdade que minhas avós eram vistas seguidamente com livro na mão – lia-se muito na minha casa. Mesmo assim, para nós crianças eram velhas damas.


Inimaginável que tivessem sido meninas e jovens mulheres. “Vovó fez amor alguma vez, pelo menos para ter o papai e a titia”, era uma ideia escatológica. Pai e mãe tendo vida amorosa na remota era em que se casaram já nos parecia estranha.

Hoje as avós dirigem seu carro, viajam, jantam fora com amigas, usam computador, e de modo geral parecem muito mais felizes do que as damas de antigamente. Mas, ambíguos como somos, por outro lado mais que nunca viceja o repúdio à velhice.



Lembro uma propaganda de televisão mostrando uma mulher idosa de xale nos ombros, rosto murcho e desolado, vagando por um corredor. Abria portas e contemplava os quartos vazios onde sua fantasia fazia ecoar a voz dos filhos, do marido. Era a imagem da pobre velha abandonada que perdeu tudo –porque perdeu a juventude. 



Não vejo por que em lugar desse sinistro teatro da velhice não se poderia transformar um quarto de filho em salinha de televisão, em ateliê para pintar ou fazer cerâmica, em quarto de hóspedes para convidar alguma amiga a passar o fim de semana… em quarto para os netos. Por que, se um aposento não tem mais utilidade direta, não terei mais direito a ele?

MIGAS!

SE VOCÊS NÃO ESTAM GOSTANDO, EUZINHA ESTOU APRENDENDO UM MONTE. COMO FILHA ÚNICA, PRATICAMENTE NO CONVIVI COM PESSOAS IDOSAS, DE FORMA QUE TAMBÉM NÃO APRENDI NADA SOBRE ESTA PREPARAÇÃO DA VELHICE.



UMA FELIZ SEMANA FELIZ!


BEIJOS NO CORAÇÃO!